sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

A Internet e a Escola
A world wide web foi concebida com o intuito de ser um repositório do conhecimento humano, constituindo-se um espaço de partilha que cresce a um ritmo alucinante
( Berners-Lee, 1994).
È imperioso preparar as gerações para esta nova forma de estar onde todos são consumidores e produtores e, onde as capacidades de pesquisar e avaliar, a qualidade da informação são críticas (Carvalho,2006).
Dentro de poucas dezenas de anos o ciberespaço, as comunidades virtuais e as suas reservas de imagens, as suas simulações interactivas, o seu irreprimível aumento de volume de texto e sinais serão o medidor, por excelência, da inteligência colectiva da humanidade. Com este novo suporte de informação e comunicação emergem géneros de conhecimentos, critérios de avaliação inéditos para orientar o saber, novos protagonistas na produção e tratamento dos conhecimentos
(Lèvi, 2000).
Ministérios da Ciência e Tecnologia e da Educação têm promovido iniciativas várias que procuram fomentar a integração da internet nas escolas, mas para que este equipamento possa ser rentabilizado, para que o seu potencial possa ser aproveitado na aprendizagem è fundamental não descuidar a formação dos professores/educadores, formação não só sobre tecnologia mas também sobre a sua integração pedagógica na sala de aula.
Os professores devem para além da contextualização teórica serem confrontados com exemplos concretos de aplicação nas suas áreas disciplinares, para que possam perceber como integrar os recursos e as ferramentas, como dinamizar a sua exploração e que papel desempenhar na aula.
Zhao (2007), salienta que "o saber que o professor detém sobre a tecnologia e a sua experiência em usá-la são factores críticos para a aprendizagem bem sucedida dos alunos com a tecnologia".
Exige-se então um novo papel ao professor; deixa de ser o elemento central no processo educativo bem como o detentor de todo o conhecimento que è transmitido aos alunos.
A centralidade está agora nos educandos e o conhecimento brota de todas as formas e formatos multimédia; o professor/educador tem agora de transformar e adaptar técnicas e estratégias de ensino/aprendizagem de modo a cumprir o papel de facilitador dessa mesma prendizagem, apoiando o aluno na sua construção individual e colaborativa do conhecimento; incentivando ao desenvolvimento do pensamento crítico, á capacidade de tomada de decisão e á aprendizagem de nível elevado.
O professor "inovador" rege as suas aulas seguindo uma abordagem Construtivista.
O emergir da economia do conhecimento em rede alerta para as implicações na forma como dependemos das conexões que estabelecemos na rede, para uma permanente actualização.
Esta necessidade de conectividade impõe um novo conceito: o Conectivismo.
Actividades como: pesquisar, seleccionar e citar, cooperar e colaborar, publicar e partilhar são as novas capacidades exigidas que podemos fácilmente obter na diversidade de recursos online, a integrar nas práticas lectivas.
"Os professores sensíveis à importância destas ferramentas, desenvolveram sites com recursos, com actividades, com ferramentas colaborativas e de comunicação, criando uma dinâmica interactiva com os seus alunos, onde se partilham trabalhos, dúvidas e reflexões e onde se fomenta a aprendizagem colaborativa através de tarefas desafiantes."
(Carvalho, 2007).
È este, o limiar do novo percurso do processo Educativo, objectivando a integração escolar e o sucesso na aprendizagem.

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