A importância da Auto-aprendizagem e da (In)Formação contínua.
A competência de auto-aprendizagem está relacionada com uma atitude de abertura em
relação às oportunidades de aprendizagem proporcionadas pelas experiências do
dia-a-dia e com a capacidade de utilizar de forma eficaz essas experiências formais ou
informais.
No contexto laboral, como refere ainda Nyhan (1996), um «Ambiente de Aprendizagem
Total» significa que é a própria organização que se transforma em ambiente de
aprendizagem, sendo esta encarada, no plano estratégico integrado, como um
elemento-chave para atingir os objectivos organizacionais e empresariais, pois
considera-se que a mão-de-obra precisa de estar em situação de
aprendizagem e (re)aprendizagem permanentes.
O actual contexto sócio-laboral apresenta maior grau de incerteza e ambiguidade, o que
gera desequilíbrios,mas pode ser promotor do desenvolvimento pessoal e profissional
dos indivíduos, porque as situações desafiantes, arriscadas e ambíguas fornecem mais
oportunidades de desenvolvimento e promoção pessoal, de auto-conhecimento e de
manifestação de sentimentos acerca da própria competência (Faria & Lima Santos, 1998).
Podemos encontrar a origem deste conceito em Platão, na Grécia Antiga, pois a sua
teoria, segundo a qual todo o conhecimento é inato e o processo de aprendizagem é
apenas a tomada de consciência deste conhecimento, ainda hoje pode ser considerada
inovadora, pela forma como Platão reconhece o poder do aprendiz, nomeadamente ao
afirmar que os professores não podem «…conceder a visão a olhos cegos», sendo o seu
papel o de assegurar que as pessoas comecem a ver as coisas por si próprias, ao
«voltarem-se para a direcção certa… e aprenderem a olhar de forma correcta» (Platão, A
República, in Nyhan, 1996, p. 26).
Maria Isabel Almeida, Licenciatura em Educação e, Pedagogia Social e da Formação - Universidade Aberta,
"Reflexão em tempo de férias"- 2010.
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