No pleno desenvolvimento de um ser humano toda a sociedade tem óbviamente responsabilidades com níveis variáveis de importância. Não podemos retirar o protagonismo dos pais e da família principalmente nos primeiros anos de vida da criança, contudo é o professor quem educa sob orientação pedagógica e didáctica, definindo metas, objectivos, planeando estratégias e métodos, preferêncialmente partilhados com a família e a própria criança. Sabemos, não obstante que ainda hoje estas práticas partilhadas são de uma raridade alarmante; não perdamos apesar disso o jeito de afirmar que é uma prática partilhada, na tentativa de fortalecer não a nossa convicção mas fazendo emergir a convicção no outro, naquele ou naquela que tem responsabilidades e intervém educativamente na sociedade, e a quem queremos com convicção designar de pedagogos.
É portanto o professor/educador/pedagogo o protagonista principal na educação das crianças, aquele que com elas se redescobrem e reconstróiem num processo evolutivo de novas formas de educar, formas cololaborativas, de cooperação e, inter-aprendizagem muito produtiva à cidadania activa de todos os agentes envolvidos no processo educativo. Mais podemos ainda licitamente alegar de que ao contrário da família, essencialmente dos pais, são os educadores que possuem a formação adequada para a formação de crianças e jovens; os pais são os responsáveis biológicos da existencia do ser humano sem formação ou conhecimentos específicos sobre educação e desenvolvimento humano, criam e educam as crianças segundo as suas crenças, culturas e hábitos de tradição familiar ou de étnias; é na escola a quando do inicio do percurso educativo que os profissionais da educação encontram pontos de referência, factores sócio-culturais e, outros indicadores que possibilitam a melhor orientação no sentido de um desenvolvimento completo do ser humano como um cidadão autónomo, participativo e incluso da sociedade onde se movimenta, cresce e desenvolve as suas capacidades e competências, através do trabalho planeado, executado e contínuamente avaliado e, cooperativo e flexível do educador.
Maria Isabel Almeida,2010 - Universidade Aberta.
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